Clima antecipa a colheita de lichia no noroeste paulista


Produtores da fruta tiveram perda na produtividade. Clima antecipa a colheita de lichia no noroeste paulista
Reprodução/TV TEM
Os pés de lichia se destacam no sítio do produtor Júlio Shimasaki, no munícipio de Mirandópolis (SP).
A fruta tem uma aparência exótica, casca rugosa e um sabor inconfundível. É original da China, mas conquistou paladares no mundo todo. No Brasil, a maior parte da produção sai do estado de São Paulo.
Júlio conta que no ano passado foram quatro mil caixas. Este ano, deve ficar em torno de três mil caixas. A safra será menor porque faltou chuva e fez muito calor.
Ele cultiva cinco variedades. A com maior valor de mercado é a “red heart” (ou coração vermelho, em português). A caixa com dois quilos dessa variedade é vendida, em média, por R$ 120, o dobro do preço do ano passado.
O produtor diz que, para compensar a perda na produção, decidiu investir na qualidade da fruta, entregando um produto mais bonito e doce.
(Vídeo: veja a reportagem exibida no programa em 01/11/2020)
Clima antecipa a colheita de lichia no noroeste paulista
Quem também entende bem de lichia é o produtor Edson Matsuka. Ele planta a fruta há quase 20 anos.
Na propriedade dele são 300 árvores, mas pouco menos de 200 produziram nesta safra. Lá, o preço acabou ajudando um pouco diante da produção menor. A caixa com quatro quilos da fruta está sendo vendida por R$ 150.
Em 2020, o noroeste do estado de São Paulo teve a maior estiagem dos últimos 50 anos: foram quase 120 dias sem chuva. Com a falta de água e as altas temperaturas, o metabolismo das plantas fica acelerado.
A colheita foi antecipada em duas semanas, mas isso acabou não sendo um problema, já que os produtores conseguiram melhorar os ganhos na hora da comercialização.
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