Produtores apostam em clones de café robusta e colheita por hectare aumenta 90% em RO

Produção tem se destacado no município de Nova União. Melhores canéforas foram selecionados geneticamente e a partir daí as mudas foram produzidas por enxerto. Cafeicultores de Nova União investem em clones de café Robusta Amazônico
Produtores rurais de Nova União (RO), a 370 quilômetros de Porto velho, estão apostando no cultivo de diferentes clones de café robusta. A colheita começou em abril e já tem produtor animado com o resultado, que já subiu cerca de 90%.
O motivo da celebração se deve porque a produção veio além do esperado: 134 sacas por hectare. A expectativa era de cerca de 70 sacas, que já seria quase o dobro da média estadual.
Um dos produtores que está apostando nos clones de café é Firmino Stramann. Ele apostou na variedade em 2018, quando comprou as mudas clonais.
Os melhores canéforas foram selecionados geneticamente e a partir daí as mudas foram produzidas por enxerto e não mais por sementes, como eram as antigas lavouras.
A inspiração na cafeicultura surgiu após o produtor visitar outras lavouras em Alto Alegre dos Parecis e Alvorada do Oeste.
“Eu vi que o outro café que a gente tinha não tava dando mais resultado, produzia pouco. Eu andei nos municípios vizinhos e conheci o café clonal, daí decidi plantar também”, diz Firmino.
São 12 mil pés de café clonal na propriedade de Firmino e lavoura é toda irrigada. Em 2020, a primeira safra do café clonal, o produtor colheu 484 sacas em 3,6 hectares. Na próxima safra ele espera colher 600 sacas.
Para manter a irrigação foram necessários mais de 14 mil metros de cano. A água saiu de uma represa e é jogada pela bomba em toda a área. São gastos 100 mil litros diariamente.
Os cuidados diários no cultivo de cafés ‘clonados’ são importantes. Para dar conta da demanda, o trabalho na propriedade de Firmino é em família.
Opinião técnica
Para o gerente da Emater em Nova União, Eloi Murbach, a alta produtividade na propriedade de Firmino se deve ao manejo adequado, a qualidade do solo e a seleção genética das plantas.
Ronaldo Francisco, outro produtor da região, também está apostando na produção.
“Eu vi a produção do café clonal robusta em outras propriedades, vi a produtividade e me animei muito. A partir disso decidi fazer um teste e agora esperar o resultado”, afirma.
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