Apesar do início da colheita de café no Brasil, que geralmente exerce pressão nos valores de negociação, o mercado interno tem mostrado reação nos preços.
De acordo com pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), essa influência vem do contexto internacional, especialmente das condições produtivas do Vietnã.
Os pesquisadores do Cepea apontam que o país asiático, o maior produtor mundial de café robusta, enfrenta um período de clima seco, o que deve ter importantes consequências para sua colheita local.
A possibilidade de a disponibilidade total de café ao fim da safra 2024/25 ficar abaixo do necessário tem elevado os preços do café brasileiro.
No Brasil, o clima tem sido favorável para o andamento da colheita, que ainda está ganhando ritmo. Até o momento, levantamentos do Cepea indicam que menos de 20% da produção esperada foi colhida.
Tanto para o café arábica quanto para o robusta, têm sido frequentes os relatos de grãos menores e com problemas de formação, mas essas condições podem melhorar à medida que a colheita avança.
De acordo com o indicador do café arábica do Cepea, a saca do tipo 6, bebida dura para melhor, alcançou o valor de R$ 1.300,27 na capital paulista nesta terça-feira (28), com uma variação de preço de 4,2% dentro do mês. Já para o café robusta, tipo 6, à vista, a saca teve uma cotação de R$ 1.138,50, com uma variação de 0,34% até o momento em maio.
